O diretor financeiro Weidson Ferreira e o assessor da Presidência Bruno da Cunha, filho do Conselheiro do TCE Cicilioti, são políticos do PSB nomeados contra a lei das estatais. O Promotor de Justiça Manoel Milagres, da 18ª Promotoria Cível de Vitória, apura as ilegalidades.

O direito financeiro da Cesan Weidson Ferreira é investigado por possível burla aos requisitos para preenchimento desse cargo. Weidson é formado em história e, segundo o comitê de elegibilidade da Cesan, não tem nenhuma aptidão para exercer o cargo de R$ 35 mil reais de salário, fora já benefícios.

CASAGRADE FORÇOU NOMEAÇÃO

PARTE DA DENÚNCIA

Esse comitê foi criado pela lei das estatais (Lei no. 13.303/2016) para profissionalizar todas as empresas estatais do país e torná-las imunes à influência e esquemas políticos. 

Mesmo com a negativa do Comitê com base no artigo 17 da norma, Weidson Ferreira conseguiu um parecer do Procurador Geral do Estado, Rodrigo de Paula, autorizando que fosse nomeado Diretor da Cesan. O Procurador Geral foi nomeado pelo Governador Casagrande. Isso pode configurar improbidade tanto de Weidson como de quem deu o parecer.

O atropelo ao Comitê de Elegibilidade gerou o efeito colateral que a lei das estatais quis proibir: Weidson não atua como executivo da Cesan, como deveria ser. Ele dedica o tempo inteiro atuando como operador do PSB, em especial do Prefeito de Cachoeiro Vitor Coelho. 

Prova disso é que enviou por engano durante o expediente um contrato por WhatsApp para o advogado da FOLHA, achando que era o advogado particular do Prefeito, Luciano Ceotto, com objeto de serviço advocatício e marketing político para ser pago pela AMUNES, presidida por Vítor Coelho.

E quem aparece como autor do contrato é o advogado particular de Vitor Coelho, citado acima, que interagia com Weidson pelo WhatsApp na confecção desse documento. Ambos não tem nada a ver com a entidade, muito menos o Diretor financeiro da Cesan, que sequer deveria estar envolvido com isso pela proibição da lei das estatais.  

O  Deputado Theodorico Ferraço o denunciou Weidson Ferreira essa semana em razão de sua atuação como operador financeiro e articulador dos esquemas da Prefeitura de Cachoeiro.

Veja a denúncia de Ferraço - CLIQUE AQUI


Outro membro do PSB nomeado de forma ilegal é o assessor da Presidência Bruno Barcelos da Cunha, filho do conselheiro do Tribunal de Contas Luiz Carlos Cicilioti, ex-presidente do PSB. 

Bruno não tem formação alguma para o cargo, exceto ser filho de Cicilioti e militante do PSB. Mais grave ainda é que Bruno pediu sua promoção para a categoria "Master" e recebeu ilicitamente R$ 100 mil reais de gratificação.

Ocorre que o filho do conselheiro não preenche os requisitos para essa promoção, tanto que foi negado pela gerência de recursos humanos, com base no Plano de Cargos e Salários da Cesan. Contudo, a diretoria da Cesan, formada por membros do PSB como Weidson Ferreira, disse o contrário e permitiu que Bruno colocasse no bolso R$ 100 mil reais de dinheiro público da Cesan.

O MP precisa fazer cumprir a lei das estatais, sob pena da CESAN, uma empresa pública de orgulho dos capixabas, continuar servindo como cabide de emprego, comitê político do PSB e fonte de benefícios ilegais.

Veja  pedido de informações na investigação aberta pelo Promotor: