Uma menina de 10 anos, agredida a pauladas pelo vizinho, no dia 29 de junho, em Itatiba do Sul, no Norte do Rio Grande do Sul, segue internada na UTI em estado grave há uma semana. O suspeito, de 43 anos, foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada, conforme a Polícia Civil. 

Sabryna Vitória está em um hospital de Passo Fundo, segundo a família. A garota, que sofreu lesões na cabeça, tem febre e aguarda uma cirurgia. 

O ataque aconteceu quando a menina saiu de bicicleta para comprar um pacote de macarrão instantâneo na localidade de Sete Lagoas, onde mora com a família, a 9 km do centro da cidade. 

“A notícia que ele [um vizinho] me deu é que a minha filha estaria morta na frente da casa, que [o suspeito] tinha agredido a minha filha”, relata. 

Além de Sabryna, uma idosa de 70 anos, que tentou socorrer a menina, também foi agredida, detalha o comissário de polícia de Itatiba do Sul, Gerson Pasinotto. Ela já recebeu alta, segundo a Polícia Civil.

“Tanto a criança quanto a idosa foram agredidas com um pedaço de madeira”, afirma.

O caso é tratado como duas tentativas de homicídio triplamente qualificadas. As circunstâncias qualificadoras são motivo fútil, meio insidioso ou cruel e ato por traição ou emboscada, dificultando ou impossibilitando a defesa dos ofendidos. 

Segundo o delegado Gustavo Ceccon, de Erechim, o inquérito deve ser concluído ainda nesta semana. O policial afirma que o suspeito tem histórico de violência. A agressão à criança e à idosa foi repentina, apontam a polícia e as testemunhas. 

“Ele sempre incomodou a cidade, tem diversas passagens [pela polícia]. Inclusive, por tentativa de homicídio”, informa.

Juraci, ao perceber que a filha estava viva, socorreu a garota, a levando para um hospital de Erechim, a 52 km do local. Depois, Sabryna foi transferida para Passo Fundo, a 131 km de Itatiba do Sul. Conforme a mãe, a polícia solicitou laudos médicos de Sabryna para anexar ao inquérito. 

O caso revolta a família, que pede por justiça. “Que a justiça seja feita. Que, no mínimo, ele pague o que fez para minha filha. É desumano o que ele fez, ele não teria motivo algum para bater nela”, lamenta a mãe.