Messi é um cão da raça Pastor Alemão e está trabalhando com a Polícia Militar do Espírito Santo há 2 anos, com 4 anos de idade e um faro apuradíssimo, extremamente treinado para realizar um trabalho específico, no combate contra o tráfico de drogas. E sem dúvidas tem feito um bom trabalho como um dos membros da Força Tática K9.

K9 é a sigla utilizada mundialmente para cão policial, e foi tirada da palavra em inglês CANINE (Canino), uma vez separada, forma CA-NINE, abreviado para K-9. Nos anos 80 foi feito um filme com James Belushi chamado K-9 (no Brasil se chamou “K-9 – Um Policial Bom Pra Cachorro”). No filme a estrela era um cão farejador.

“Com o auxílio do seu trabalho a Polícia Militar triplicou o número de apreensões de drogas, armas e dinheiro, no sul do estado do ES”. Disse o Cabo Adriano da Força Tática K9, responsável pelo Messi, até mesmo fora do trabalho, levando o cachorro para sua própria residência, quando ambos estão de folga. Sendo assim, formando uma ótima parceria de sucesso, e que tem dado resultado, confiram na imagem.

Dados cedidos com exclusividade pelo 9ª BPM
Dados cedidos com exclusividade pelo 9ª BPM

Quando o Messi entra em ação?

Quando a ação humana não é mais eficaz, já sendo feitas as revistas e averiguações táticas, e principalmente tendo 100% de segurança para o cão poder realizar seu trabalho, pois a vida do Messi é em primeiro lugar, assim como de qualquer soldado e principalmente da população.

Os militares verificam primeiramente se existem perigos, que possam pôr em risco a integridade física do animal, pois o mesmo não utiliza materiais de segurança como colete à prova de balas, por exemplo. Sendo assim, é feito uma varredura primeiro no local, só depois ele entra em ação.

“Seu treinamento é feito para que ele só fareje drogas, armas e dinheiro, ele não sabe o que é “morder”, pois sempre trabalhamos com ele em situações onde possam ter crianças e adultos passando nos locais abordados”, mencionou Cabo Adriano.

Se engana quem pensa que ele só trabalha para a PM, pois a Polícia Civil também já contou com os seus serviços, quando foi solicitado. Tendo êxito total nessa parceria, ou seja, o Messi é um profissional operacional a serviço da justiça.

Confiram vídeos dele em ação.



 


A reportagem da Folha do ES acompanhou toda a operação com exclusividade

Na tarde desta terça-feira (20), durante patrulhamento da equipe de Forca Tática k9 do 9ªBPM, com apoio de outra Rádio Patrulha da PM, na Rua Abelardo machado, no bairro Valão, local conhecido por intenso tráfico de entorpecentes, onde foi possível realizar a abordagem de um casal em atitude suspeita.

O cão Messi entrou em trabalho operacional, e com êxito conseguiu localizar próximo aos abordados, já conhecidos pelos Militares; 13 pedras de crack e 01 bucha de maconha. Já com a mulher após revista, foram encontrados 01 papelote de cocaína debaixo da blusa, e mais 17 papelotes de cocaína em sua boca. E com o homem abordado foi encontrado 01 celular preto, R$ 36,00 e 01 papelote de cocaína que o mesmo tentou dispensar.

Todos os materiais e os indivíduos foram encaminhados para a 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim, para medidas cabíveis.

Depois da Polícia Militar entregar a ocorrência, a mulher detida, informou aos policiais civis que engoliu 6 papelotes e começou a passar mal, sendo socorrida pela Polícia Civil da 7ª Delegacia Regional até a Santa Casa de Misericórdia.

Messi aguardando o Cabo Adriano terminar a ocorrência na 7ª DRCI/ Imagem Leandro Bettecher

Desarticulando o tráfico

Soldado Campos, Messi, Soldado Pabulo e Cabo Adriano formam a equipe Força Tática K9/ Imagem Leandro Bettecher

Sem dúvidas quem mais perde com isso é o tráfico, em uma breve estimativa dos militares, cerca de mais de R$ 180.000,00, em drogas já foi apreendido, só este ano, graças ao Messi. O bicho é o “cão chupando manga”, no que diz respeito ao seu trabalho, enfraquecendo a cada dia o tráfico de drogas na região Sul do estado do Espírito Santo.

Em alguns casos, os traficantes nem precisam estar nos lugares para o Messi achar as drogas, pois os PMs já conhecem o local, e deixam ele fazer a varredura para achar as drogas, obtendo êxito na maioria das vezes.

“Certa vez, a droga estava no segundo andar de uma casa, e o Messi conseguiu farejar da rua, ao percebermos, entramos na residência que era abandonada e usada como esconderijo para drogas, e achamos o material”. Disse o Soldado Pabulo, um dos componentes da Força tática K9.

Apreensões feitas pelo Messi/ Imagens cedidas pelo 9ªBPM

Cuidados com o animal

 

Para a realização de um bom trabalho, é necessário um cuidado especial com cão. A alimentação do K9 é extremamente rigorosa e pontual. Além de ser utilizado um isotônico após as operações, para repor a energia perdida.

O Messi foi treinado também para não comer nada que não seja sua própria ração. “Ele pode encontrar alimentos pelo caminho, durante um trabalho tático que não irá comer”, ressaltou o Soldado Pabulo.

Com esse treinamento o animal fica com menos chances de ser envenenado, “pois já aconteceu de ser encontrado, um pedaço de carne com chumbinho (veneno), em uma abordagem pela equipe”, mencionou o Cabo Adriano. E o animal não comeu, devido aos treinamentos.

Ainda assim, dentro da Rádio Patrulha da Força Tática K9, existe um quite de primeiros socorros com o carvão ativo, caso esse incidente infeliz, possa vir a acontecer.  

Carvão ativo, isotônico, brinquedo do Messi e ele em seu Canil no 9ªBPM/ Imagens Leandro Bettecher

Momento de descontração

 

O Soldado Pabulo foi jogador profissional de futebol, chegou a jogar na Europa, mais precisamente na Itália, porém por problemas pessoais voltou ao Brasil e entrou para a PM, hoje por coincidência do destino, joga no mesmo time do Messi.

Outro momento muito interessante, é quando o Messi sai em operação, e a população visualiza ele pela janela da viatura da equipe de Força Tática K9, muitos já o reconhecem e comentam “ ala o Messi”. A população já reconhece o trabalho bem feito que o animal vem fazendo.

Literalmente ele é “o cão chupando manga”.

Essa é a imagem que a população vê quando ele passa/ Imagem Leandro Bettecher