A Polícia Civil divulgou a identificação de seis pessoas que fazem parte de uma associação criminosa responsável por vários assassinatos na Serra e no interior do Espírito Santo.

 

 

Cinco estão envolvidos em um assassinato ocorrido no dia 22 de julho, na Estrada de Queimados, na Serra e um, que está foragido, é apontado como mandante do crime.

 

 

 

As investigações apontaram que Antônio Carlos Ferreira Benedito, conhecido como "Orelha", de 23 anos; Gabriel Butter Agra de Araújo, de 20; Matias Santos Amaral, conhecido como "Maluquinho", de 18, e Manoel Muniz Júnior, o "Alves", de 35, participaram do assassinato de um homem identificado como Delcimar, no mês de julho.

 

 

 

De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, os criminosos participaram do crime a mando do chefe do tráfico de drogas do Campo do Brasil, Marcos Antônio Soledade Silva, conhecido como "Coroa", de 31 anos, que está foragido.

 

 

 

"Três suspeitos pegaram a vítima e depois o Alves e um adolescente que estavam armados. No trajeto de oito quilômetros até o local do crime eles foram pisando e deitando na vítima. No local da execução, o Alves desembarcou segurando a vítima pelo pescoço e efetuou o primeiro disparo no rosto da vítima. O adolescente efetuou mais 12 disparos e o Alves efetuou um último disparo na cabeça. Os cinco voltaram para o bairro e ficaram bebendo e se divertindo até às 5 horas da manhã. Alves e o adolescente, inclusive, demonstraram frieza e debocharam da situação em áudios de WhatsApp", contou o delegado.

 

 

 

Ainda de acordo com o delegado, o grupo é responsável por assassinatos na Serra e em Santa Maria de Jetibá e também ostentava armas nas redes sociais.

 

 

 

"Poucos dias antes do crime eles gravaram um vídeo ostentando armas de fogo no interior do carro usado no assassinato. A prisão deles significa desestruturação de um dos grupos mais violentos que atuavam na Serra e em Santa Maria de Jetibá. O Alves comanda o tráfico em Santa Maria de Jetibá e é investigado por três homicídios naquela cidade e estava tentando expandir seu território dando apoio aos traficantes de Carapina Grande, na Serra", disse.

 

 

 

 

Motivação

 

 

 

 

O delegado explicou que a vítima foi morta porque estaria cometendo roubos nos bairros André Carloni e Carapina Grande mas o que chamou atenção é que um deles se aproximou da vítima e furtou o tênis e a jaqueta dela após o crime.

 

 

 

"É um grupo extremamente violento. Quatro deles confessaram a participação no crime demonstrando frieza e deboche da situação", contou.

 

 

 

 

As prisões aconteceram em um período de dois meses, entre os dias 22 de julho, quatro horas após o crime, e o dia 15 de setembro.

 

 

 

O adolescente envolvido no assassinato do dia 22 de julho foi morto em 27 de agosto no bairro Carapina Grande por causa da disputa do tráfico de drogas entre traficantes das regiões do Campo do brasil e o Ponto Final.

 

 

 

 

Os presos foram autuados por homicídio qualificado, corrupção de menores e um deles por furto porque furtou a jaqueta e o tênis da vítima.