Há 13 dias, a empresária Silvana Lara Ferreira espera angustiada por mais detalhes sobre a morte da filha mais velha, a estudante Ana Karolina Lara Ferreira Fernandez, 22 anos. A jovem, que cursava medicina na Universidade de Buenos Aires (UBA), foi encontrada morta no poço de um elevador de um prédio no bairro Retiro, na capital portenha; ela vivia na cidade desde 2016, quando deixou Chapadão do Céu (Goiás) para seguir o sonho de cursar medicina.

 

No dia do óbito, 4 de setembro, a mãe tinha conversado com a filha: ela estava feliz pela aprovação em uma disciplina da faculdade, e ligou para os pais contando o feito. Disse então que, terminadas as aulas (realizadas on-line por conta da pandemia), sairia com amigas para comemorar, e seguiu para um bar no bairro de Belgrano. De acordo com declarações de amigas ao jornal Clarín, a jovem recebeu uma ligação e foi se encontrar com o tenista Juan Ignacio Ameal, com quem tinha um relacionamento há dois anos, mas sem oficializar um namoro.

 

A estudante foi até o apartamento de um amigo do tenista, no bairro Retiro. De acordo com a imprensa argentina, no depoimento que Ameal concedeu à polícia, Ana teria adormecido em um dos cômodos do apartamento em que estavam, após os três consumirem bebidas alcoólicas. Ele e o amigo foram então para outro local do apartamento. Ao retornarem, notaram a porta do elevador aberta, sem o equipamento estar no andar. Deduziram que a jovem poderia ter caído e chamaram a polícia.

 

A agência de notícias argentina Telám noticiou que o resultado da autópsia mostrou que a causa da morte foram os múltiplos traumatismos da queda do 13 andar. Mas a polícia não descarta homicídio, e busca saber se ela deixou o apartamento para fugir de alguma situação perigosa.