O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, confessou que havia um esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Em contrapartida, Queiroz alegou que o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não se envolveu com o crime.

A alegação foi feita por escrito e consta em uma petição anexada ao processo que corre no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

“Tal acordo [rachadinha] teria sido realizado sem consulta ou anuência do então deputado estadual nem de seu Chefe de Gabinete”, alega o documento segundo informações da CNN Brasil.

Os promotores do caso não acreditam na alegação, uma vez que as informações não coincidem com a evolução de patrimônio de Flávio Bolsonaro e da esposa Fernanda Antunes Bolsonaro.

Uma ex-assessora de Flávio admitiu que era uma funcionária fantasma e que nunca trabalhou de fato na Alerj. Luiza Sousa Paes disse que recebia o salário, mas devolvia acima de 90% da quantia para Queiroz.

O salário de Luiza era de R$ 5 mil. Ela ficava com R$ 700 e devolvia o restante das quantias, incluindo vale-alimentação, 13º, férias e a restituição do Imposto de Renda.