Mais uma polêmica envolvendo o Chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda. Ele baixou portaria para suspender o resultado do concurso de delegados  que aprovou 86 delegados, supostamente para auditar irregularidades. Porém, para o deputado Euclério Sampaio (Sem Partido), "este ato foi para atender a interesses escusos, beneficiar terceiros, além de ser uma portaria ilegal, inconstitucional e onerosa para o Governo do Estado. A medida é crime de responsabilidade, de improbidade administrativa , em face do Chefe de Polícia do ES.

Para o deputado Euclério, que é investigador aposentado,  "o Chefe da Polícia não tem esse poder. Ele passou por cima da banca de exame formada pela sociedade organizada com intenções nada republicanas. Ouviu a comissão dos reprovados, mas não ouviu as dos aprovados. Entre os reprovados tem até filha de ex-delegado e ex-deputado, além de funcionária do seu Gabinete. No mínimo estranho e grave. Essa medida do Chefe de Polícia, à revelia do governador Renato Casagrande, produzirá mais insegurança à sociedade r dezenas de ações contra a portaria".

Segundo o parlamentar, "86 delegados foram aprovados, enquanto 35 Municípios do Estado não têm profissionais para ocupar essas funções importantes para produzir segurança para a população. A medida da suspensão vai provocar uma onde de judicialização e ficaremos sem delegados por anos. O Chefe da Polícia Civil está mal intencionado com essa portaria, vendendo ilusão para a Secretaria de segurança e para o Chefe do Executivo. Nós vamos atuar e derrubar essa portaria inconstitucional. Este delegado vai complicar a vida do Governo que eu aplaudo e defendo".

Euclério Sampaio, que atendeu a equipe da FOLHA hoje, 6, por volta das 14h30, antes de sair do seu gabinete, confirma a convocação do Chefe de Polícia pela Comissão de Finanças para o dia 10 de fevereiro por outros supostos ilícitos.