O prefeito Victor Coelho (PSB) está deixando a capa de homem público probo para a linha da desconfiança como agente público suspeito. No dia 20, assinou decreto para tirar da autonomia do Procon na administração do Procon. Agora, quem assina para o uso do dinheiro são o secretário da Fazenda e o próprio Chefe do Executivo.

A imagem do prefeito, daquele agente público neófito, entra em transformação com roupagem de velho. Depois de tomar o Fundo Municipal da Saúde (é grave porque recebe verba federal); o fundo da Agersa - Agência Reguladora - , e , agora, o Fundo do Procon, ajustado e planejado o rendimento com o ex-diretor do órgão, Rogério Athayde. 

O Ministério Público deveria considerar criminoso o decreto , principalmente, por se ano eleitoral, no apagar das luzes de seu mandato. O Chefe do Executivo está se valendo de péssima prática de gestor, deixando obscuro a forma de como vai utilizar o dinheiro público desses fundos. São milhões milhões disponíveis, parte já foi para subsidiar empresa de transporte coletivo urbano. 

Uma coisa se sabe, essa remoção de autonomia pode até ser legal, mas imoral, nem passa pela discussão da Câmara Municipal, infringindo o orçamento e suas rubricas. É uma fumaça perigosa, escura, essa intempestividade e celeridade para colocar as mãos em fundos de organismos autônomos e sempre bem preservados até então. Uma vergonha se instala via decretos sorrateiros em momentos em que só se fala em coronavírus.