Em mais uma postagem crítica, agora, sobre a Saúde, o deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM-ES) demonstra preocupação com o estado crítico financeiro da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim-ES. Anuncia uma uma reunião "urgente" entre a diretoria do hospital e a Comissão de Saúde do Parlamento da qual ele faz parte.

Numa postagem específica sobre o assunto, Ferraço exalta a importância do hospital filantrópico  e revela ter tido conhecimento de uma "dificuldade" financeira  no dia 24 por parte da diretoria da Santa Casa. Apesar de não mencionar o tamanho da crise, sabe-se que se aproxima de R$ 80 milhões, sem o custeio mensal.

A intensão do deputado, que sempre ajudou o hospital com emendas parlamentares, só tem um retardo sobre a real situação da Santa Casa. Há cerca de três anos o estado caótico em que se encontra o corpo clínico em condições de trabalho, atrasos salarias e depreciação intencional de todos os setores já estavam comprometidos com denúncias de malversação por parte dos seus gestores e Conselho Deliberativo.

Alas médicas foram desmontadas. Serviços de especialidades, como vasculares e maternidade, foram extintos ou fracionados, além de muitas denúncias de médicos e enfermagem da linha de frente no combate ao COVID-19 sobre descaso da diretoria em relação às condições funcionais desses profissionais. Profissionais experientes pediram demissão do hospital e outros até expulsos. As mortes não importam, ao que parece. Somente um pequeno grupo selecionado gostariam da permanência mórbida da situação. 

Com essa dívida impagável, mortes e apenas uma propaganda falsa de um "hospital moderno", para muitas consultores da área só tem uma solução: intervenção do Governo do Estado, antes de iminência paralisação geral. O caso já foi levado ao governador por uma comissão do hospital no ano passado, mas o desinteresse tem sido a resposta até o momento.