O ex-prefeito de Vila Velha, Rodney Rocha Miranda, que foi secretário de Segurança do Espírito Santo na gestão do então governador Paulo Hartung (sem partido), teve seu nome envolvido em denúncia de desvios e grampos ilegais no estado de Goiás, onde é secretário de segurança pública do Governo Ronaldo Caiado.

 

Inocentado, Miranda – que pediu férias para ceder espaço às apurações – retomará o comando da pasta. Em áudio, ele foi acusado por Jorge Caiado, primo do governador, de aplicar escutas ilegais em seu telefone, bem como de desviar R$ 1 milhão de verba do Corpo de Bombeiros. A apuração, entretanto, não encontrou ilegalidades na conduta do secretário.

 

Embora a celeuma envolva seu parente, o governador goiano demonstrou estar do lado do ex-prefeito da cidade capixaba. Em sua rede social ele, Caiado destacou confiança em Rodney. “Trouxe para trabalhar comigo somente pessoas nas quais eu confio. E é como sempre digo: ninguém está acima do bem ou do mal”.

O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, Odair José, explicou que três delegados conduziram o inquérito. A mensagem de áudio passou por perícia e comandantes atuais e anteriores do Corpo de Bombeiros foram ouvidos. Depoimentos de servidores públicos, do próprio Rodney e de Jorge Caiado foram colhidos. A conclusão foi de que Jorge Caiado não “trouxe elementos robustos sobre os crimes citados”.

 

De acordo com Odair, o primo do governador fez denúncia sem provas sobre possíveis recebimentos de valores e que baseou sua iniciativa contra Miranda em comentários. Por isso, a sugestão da PC é de que o inquérito seja arquivado.

 

Pelas redes sociais, Rodney Miranda comemorou: “A VERDADE PREVALECEU. Após investigação, a Polícia Civil concluiu que NÃO EXISTE NENHUM INDÍCIO de ações ilegais praticadas por mim. Como secretário de Segurança Pública de Goiás tenho estado à frente de grandes ações de combate à corrupção. E isso me orgulha muito. Eu fui alvo de acusações INVERÍDICAS. E sempre estive tranquilo, quanto a apuração dos fatos. Durante quase 40 anos de vida pública NUNCA fui acusado de nenhum tipo de prática de desvio de dinheiro e corrupção. Minha consciência sempre esteve tranquila, prova disso que abri mão do meu foro privilegiado durante as apurações e fiz questão que o Ministério Público e a Controladoria Geral do Estado acompanhassem tudo de perto. Hoje o resultado do inquérito instaurado pela Polícia Civil foi apresentado para a imprensa goiana”.