A administradora Marinete Tibério assume amanhã, 01 de julho,  a superintendência da Santa Casa de Misericórdia em ambiente obscurantista. O padre Evaldo Ferreira deixa a gestão após 1 ano e meio de denúncias de governança temerária, com acusações de mortes por negligência e sucateamento da estrutura funcional, além de várias acusações de familiares de pacientes que vieram à óbito no combate ao COVID-19.

Marinete, segundo a nota oficial divulgada hoje, 30, da Santa Casa possui MBA em Gestão em Saúde e também em Administração Hospitalar, além de formação em Direito e Conselheira de Administração. O Conselheiro Deliberativo assume a responsabilidade pela "competência" da nova superintendência do hospital. Padre Evaldo tomou posse em janeiros de 2017.

A saída do padre Evaldo Ferreira não vai eximi-lo dos seus atos nefastos que afastaram médicos por inquisição; atrasos nos salários e repasses dos serviços pelo SUS e Pronto Atendimento; pelas mortes denunciadas por médicos; pelo sucateamento do hospital; e muito menos pela dívida de quase R$ 100 milhões.

A posse do nova superintendente não agrada a maioria dos médicos e funcionários, justamente, pelo respaldo que terá das mesmo conselho deliberativo que se omitiu sobre auditorias e denúncias. O ideal para os médicos era uma gestão eleita pelo corpo clínico e não por indicação sem consulta e sem compromisso de abrir a caixa-preta da Santa Casa.

Se a nova superintendente não rever os maus feitos do padre e discursar continuidade do trabalho dele, então parecerá uma jogada de marketing em que troca seis por meia dúzia. Um padre por uma mulher respaldados pelo mesmo Conselho Deliberativo, ligado à Diocese de Cachoeiro-ES.

Todos cúmplices do padre Evaldo Ferreira, médicos e funcionários, deveriam pedir para sair.