A primeira fase da operação Snack Zero, foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 19 de fevereiro de 2019 e apura a suspeita desvio de recursos públicos destinados à merenda escolar na Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim. A investigação identificou a compra de produtos alimentícios para as escolas municipais com data de validade vencida, superfaturamento do preço das mercadorias e pagamentos de propina.

Vinícius Borlot era responsável pelo depósito de estoque da merenda escolar da Secretaria de Educação do município, que fica localizado no Centro de Manutenções Urbanas (CMU), no bairro São Geraldo. Ele foi um dos alvos das investigações da primeira fase da operação, que culminou na época com sua exoneração. Mas, o ex-servidor supostamente envolvido no esquema de corrupção, foi logo em seguida recontratado, agora pela Corpus Saneamento e Obras, que é uma empresa terceirizada da Prefeitura de Cachoeiro.

Em nota para imprensa, a Prefeitura enfatizou que as medidas adotadas para colaborar com as investigações foram a demissão de um servidor [Vinícius] e o afastamento de outro.

Por que após ser demitido da Prefeitura, estando citado como operador nas investigações, Vinícius foi contratado em uma terceirizada da municipalidade? Quem com poderes o indicou? O que ele sabe? Quem o seu silêncio acoberta? Quem são eles?

A segunda fase da operação foi deflagrada na última quarta-feira (16) cumprindo mandados de busca e apreensão na Secretaria de Educação, em empresas e na casa de servidores públicos.

Esse esquema de exonerar servidor e recontratar por via indiretas tem sido um ato recorrente por parte da Prefeitura de Cachoeiro em várias áreas, principalmente, mantendo o ex-funcionários para serviços não republicanos visando as eleições municipais. A empresa Corpus, de manutenção e saneamento é uma visadas, porém tem outras que pagam ex-secretários em campanha e produzem caixa dois a um Estado paralelo e ilegal, desconhecido dos cachoeirenses.