Caso a atual média do número de mortes diárias por Covid-19 se mantenha, pelo menos mais 450 mortes pela doença deverão ser registradas até o final de janeiro no Espírito Santo. O cálculo foi apresentado pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, durante uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (15).

 

Considerando que entre os dias 1º e 14 de janeiro o estado já contabilizou 369 mortes, segundo dados do Painel Covid-19, o Espírito Santo poderia chegar ao final do primeiro mês do ano com um total de mais de 819 mortes. O número está dentro do patamar que já havia sido previsto por matemáticos ainda no mês de dezembro.

De acordo com Nésio, o Espírito Santo tem demonstrado uma estabilização com uma alta média diária de mortes. Ao longo desta semana, por exemplo, o número de óbitos passou dos 30 todos os dias.

 

Ainda segundo o secretário, a tendência é que o alto risco de transmissão se mantenha. "Nós mantemos um contexto de alta transmissão da doença no nosso estado. Temos tido três semanas epidemiológicas consecutivas de aumentos de casos observados. Temos uma expectativa de que a partir da próxima semana essa tendência de aumento de casos observados se mantenha", explicou.

 

Capacidade de atendimento

 

Nésio pontuou que o Espírito Santo continua sendo capaz de prestar atendimento a todos os pacientes que necessitam de atendimento, inclusive nas unidades de tratamento intensivo. Segundo o secretário, atualmente o estado possui uma média diária de 500 internações por Covid-19.

 

No entanto, existem cerca de 150 leitos de UTI vagos todos os dias. A expectativa é que mais 60 leitos desse tipo sejam disponibilizados até o final de janeiro.

 

Ampliação da testagem

 

Para agilizar e ampliar a capacidade de testagem do vírus, a partir da semana que vem os laboratórios privados do estado passarão a analisar amostras coletadas nas cidades da Grande Vitória. Com isso, de acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, cerca de 4 mil testes poderão ser avaliados diariamente.

 

"O teste vai ser uma estratégia importante no monitoramento da doença mesmo com a vacina. A testagem permitirá uma avaliação da transição da pandemia (sobre a qual não temos controle) para uma endemia (sobre a qual temos controle)", explicou.