Lisanne Froon e Kris Kremers, duas jovens turistas holandesas, despareceram em uma cidade no Panamá, deixando para trás apenas alguns rastros bizarros e perturbadores. Dois meses depois, parte de seus ossos foram encontrados, mas a causa de suas mortes permanece desconhecida.

 Tanto Lisanne quanto Kris eram pessoas descritas como muito sociáveis e amigáveis, logo fizeram amizades com outros turistas. Elas frequentavam aulas de espanhol, faziam suas refeições e passeavam - sempre juntas.
 Iniciaram seu trajeto por El Mirador, fizeram todo seu roteiro turístico da melhor forma possível, experimentando a culinária local, indo a praias, tirando fotos e indo a bares e festas na região.


No dia 29 de março, ambas partiram para a pequeno distrito de Boquete. Lá, se hospedaram na residência de uma família nativa, algo bem comum em programas de turismo e de intercambistas.


 Kris e Lisanne iriam começar seu trabalho voluntário em 1° de abril, mas foram informadas que as atividades teriam início apenas na semana seguinte. Foi então que elas decidiram que a melhor forma de utilizar esse tempo livre, seria conhecendo a cidade.

 

 Na manhã do dia 1° de abril de 2014, elas decidiram fazer a trilha turística El Pianista, muito famosa na região, entretanto, sem o auxílio de um guia, visto que este só poderia auxilia-las no dia seguinte. Ao sair, levaram apenas o cão da família, chamado Blue.
 Naquela noite, o cão retornou sozinho à casa de seus donos, mas a família não se preocupou, pensando que as garotas ainda poderiam estar aproveitando o passeio, informando apenas no dia seguinte aos pais das moças sobre o desaparecimento.


No dia 3 de abril iniciaram-se as buscas com a polícia e residentes locais. No dia 6, chegaram as famílias de Lisanne e Kris, com o aparato de detetives particulares. As primeiras buscas duraram 10 dias, mas não foram bem-sucedidas.

 

 Duas semanas depois do desaparecimento, foi encontrado a primeira evidência. Uma moradora da região encontrou uma mochila azul, pertencente a Lisanne Froon, em um local muito distante da trilha El Pianista. Ela declarou acreditar que a mochila não estava lá no dia anterior.


Dentro da mochila foram encontrados uma câmera, dois pares de óculos escuros, 83 dólares, o passaporte de Lisanne, dois sutiãs, uma garrafa de água e os dois celulares. Tudo seco e em perfeito estado.


 Na análise feita pela polícia, constatou-se que a bateria dos telefones teria durado bastante tempo, sendo que a bateria do Samsung Galaxy S3 teria acabado as 5:00 da manhã do dia 5 de abril e o iPhone desligado pela última vez no dia 11 de abril as 11:56 da manhã.

 

 A câmera possuía cerca de 100 fotos na memória, algumas eram das moças na trilha, mas a maioria eram escuras, tiradas a noite. Cerca de 90 fotos feitas na completa escuridão, com o uso do flash, onde foi impossível identificar o local que estavam ou o que planejavam fotografar.
 Apenas três imagens eram claras, essas foram tiradas no dia 8 de abril. Fotos tiradas às 1:38 e 4:00 da manhã mostravam uma pedra com vegetação em volta, aparentemente em uma floresta densa e em um local completamente escuro.


 Outras mostram galhos com sacola plástica e embalagem de doces em cima de uma pedra. A foto mais surpreendente, no entanto, é a que mostra o que parece ser a parte de trás da cabeça de Kris Kremers, com a têmpora ensanguentada.


 Para a polícia, a trajetória das duas moças deveria ter sido intensa e angustiante. Eles se convenceram que ambas foram assassinadas. Ampliando a busca na região, encontraram roupas de Kris dobradas próximas a um riacho, a quilômetros de onde a mochila foi encontrada.
 Dois meses depois que a mochila foi descoberta, foram encontrados 33 fragmentos de ossos às margens dos rios da região, além de um pedaço de pélvis humana. O achado mais perturbador, foi um tênis, com o pé de Lisanne Froon ainda dentro.

 

Testes e exames de DNA confirmaram que o pedaço de osso de pélvis pertencia a Kris Kremers.  Os fragmentos que pertenciam à Lisanne ainda possuíam vestígios de carne e ossos, como se tivessem sido triturados, enquanto os ossos de Kris
 Esses fatos tornam impossível a hipótese de que tenha sido o trabalho ou a ação de algum animal, levando em consideração que ossos humanos levam cerca de 2 anos, em regiões de boa temperatura, para ficarem totalmente brancos.


 Teorias e Especulações

Muitos alegam que as fotos são sem sentido e desconexas, que em determinado momento, a câmera estaria em posse de alguém que poderia tê-las matado. E não há explicação sobre a descoberta da tentativa de desbloquear um dos telefones 77 vezes.
 A polícia sugere que uma delas possa ter se machucado no meio da trilha e a outra teria também se machucando e se perdido enquanto buscava ajuda. Sugerem também que as fotos noturnas teriam sido tiradas por uma das duas em algum momento em que elas precisaram se separar.


Outros especulam que as jovens teriam sido vítimas de canibalismo ou de algum serial killer da região, já que não faria sentido elas terem simplesmente se perdido.
 Em fevereiro de 2017, a estudante da Universidade Columbia, Catherine Johannet, foi encontrada morta, claramente assassinada, a apenas 55k do local do desaparecimento de Kris e Lisanne. O FBI está investigando o caso, e acredita-se que poderia surgir uma conexão entre as mortes.