O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Espírito Santo (MST-ES) anunciou, na manhã desta terça-feira (30), que a Fazenda Coqueirinho, localizada em São Mateus, foi  desocupada.

O local estava ocupado por cerca de 200 famílias do MST desde o dia 17 de abril. A saída aconteceu em cumprimento de uma liminar de despejo expedida pela justiça. “O povo Sem Terra faz o cumprimento da lei e exige que os poderes públicos a cumpram e coloquem esforços para a realização da Reforma Agrária”, afirma o MST.

De acordo com o movimento, mesmo com a saída das famílias, o objetivo foi alcançado durante o período. “Com a luta, as denúncias das irregularidades da área vieram a tona, sendo as razões que a coloca como passiva da realização da reforma agrária. Dessa forma, com a garantia de que INCRA fará a vistoria área, o movimento organiza desocupação e ato político no centro da cidade de São Mateus”.

O ato aconteceu durante a manhã de hoje e faz parte da Jornada Nacional de Luta Pela Reforma Agrária, em memória ao Massacre de Eldorado dos Carajás, que aconteceu em 17 de abril de 1996, com o assassinato de 21 Sem Terra.

Ocupação

Cerca de 200 famílias organizadas pelo MST ocuparam a Fazenda Coqueirinho, em São Mateus, norte do Espírito Santo. O local, com 294 hectares, está localizado na Rodovia 381 Miguel Cury Carneiro.

Segundo o MST, a Fazenda Coqueirinho já foi sede de uma antiga fábrica de farinha de mandioca chamada Inquinor e a área está na justiça federal por não cumprimento de direitos trabalhistas.

“Neste ano de 2024, com o lema “Ocupar para o Brasil alimentar”, a Jornada Nacional em defesa da Reforma Agrária é apresentada pelo movimento como alternativa urgente e necessária para a produção de alimentos saudáveis para a população do campo e da cidade, com o objetivo de combater a fome, gerar emprego e avançar no desenvolvimento do país”, explica o MST.