O ex-ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos,  criticou a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de "fatiar" a execução das penas dos condenados do julgamento do mensalão.  homaz Bastos é advogado do ex-vice-presidente do Banco Rural, José Roberto Salgado, acusado de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta de instituição financeira e evasão de divisas.

Para os ministros, a prisão só deveria ocorrer quando não houvesse mais chances de recursos, o chamado trânsito em julgado do processo.  "Fatiar, para usar expressão da moda, o normal seria que se esperasse o trânsito em julgado de toda decisão para depois cumpri-la, mas vamos esperar", afirmou na saída do STF.

O ex-ministro disse que a decisão da maioria do Supremo não surpreendeu porque todo o processo do mensalão é inesperado.  "Não surpreendeu, mas aconteceu. Esse julgamento é surpreendente, julgamento de 40 réus ao mesmo tempo, que foi com cronograma ambicioso de tentar julgar tudo de uma vez em 30 dias levou mais de um ano e ainda não terminou", completou.