Os professores e servidores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) entraram em greve nos últimos dias. A Ufes deu início ao movimento hoje (15), bloqueando a entrada do campus de Goiabeiras em Vitória com cartazes. Enquanto isso, o Ifes iniciou sua paralisação na terça-feira (9). Ambas as instituições ainda não divulgaram o número exato de alunos afetados.

As aulas e atividades presenciais nos campi da Ufes em Goiabeiras e Maruípe foram suspensas devido à greve. No entanto, os acessos aos campi de Alegre, Maruípe e São Mateus permanecem liberados. Em São Mateus, parte dos técnicos administrativos já está em greve há duas semanas, e os professores aderiram à greve nesta segunda-feira.

O Ifes informou que das 23 unidades, duas tiveram suas aulas suspensas: o campus de Viana, na Grande Vitória, e o campus Centro-Serrano, em Santa Maria de Jetibá. A instituição ainda está avaliando a adesão dos servidores ao movimento grevista.

Motivos da Greve

A greve é parte de uma mobilização nacional com reivindicações dirigidas ao Governo Federal. Os servidores demandam melhorias nas carreiras docente e técnico-administrativa, incluindo reestruturação das carreiras e recomposição salarial. A principal exigência é um reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais entre 2024 e 2026. O governo federal, por sua vez, propõe reajustes menores nos próximos anos.

Impactos e Repercussões

Alunos e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Experimental de Vitória, localizada dentro da Ufes, relatam que a unidade foi impedida de funcionar devido ao bloqueio da entrada da universidade. O professor Rafael Belan, da Ufes, destacou a precarização do trabalho docente e as perdas salariais como pontos centrais das reivindicações.

Representantes da Ufes e do Ifes destacaram o compromisso em manter o diálogo com os grevistas e minimizar os impactos para a comunidade universitária. O Ministério da Educação afirmou estar empenhado em buscar alternativas para valorização dos servidores da educação.

A greve, classificada como uma greve de adesão, pode crescer nos próximos dias, dependendo das negociações entre os sindicatos e o governo.