Ao desembarcar na Arábia Saudita, nesta segunda-feira, 29, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, enviou uma mensagem pública para o Hamas.

Ele pediu ao grupo terrorista que aceite a proposta “generosa” de Israel para uma trégua, baseada na libertação de parte dos reféns entre os 133 ainda sob controle dos extremistas, depois dos ataques de 7 de outubro.

A iniciativa do secretário-geral ocorreu em função da posição de Israel. De acordo com a Reuters, o governo israelense condiciona o acordo à paralisação dos planos de atacar a região de Rafah, na fronteira com o Egito, considerada o último bastião de resistência do Hamas.

Israel, nesta segunda-feira, em alerta para o Hamas, afirmou que só não realizará a grande operação militar se o grupo terrorista aceitar o acordo sobre a mesa para a libertação de alguns dos 133 reféns ainda sob controle do grupo.

“Se houver um acordo, suspenderemos a operação”, disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, ao Canal 12.

As Forças de Defesa de Israel (FDI), enquanto isso, prosseguiam em seus preparativos para a incursão, de acordo com o The Jerusalem Post. O Egito renovava seu esforço para garantir um acordo de reféns depois de semanas em que parecia que tais esforços não evoluíam.

“A libertação dos reféns é uma grande prioridade para nós”, enfatizou Katz. A declaração ocorreu depois que uma delegação egípcia esteve em Israel na sexta-feira 26 para conversações sobre a possibilidade de um novo acordo.

“Se houver uma opção de fazer um acordo, nós o faremos”, disse ele.

O Hamas, por sua vez, disse ter recebido no sábado 27 a resposta oficial de Israel à sua mais recente proposta de cessar-fogo. E admitiu que vai estudá-la antes de tomar uma posição.

O acordo em pauta prevê a libertação de cerca de 20 a 40 reféns, grupo formado em sua maioria por mulheres e idosos, em troca de uma pausa na guerra e da libertação de prisioneiros de segurança palestinos e terroristas detidos pelas FDI em Israel.

O Hamas, prosseguiu o Post, insistiu em que quer o fim permanente da guerra. Os mediadores procuraram fazer avançar a questão sem abordar imediatamente esse ponto. Isso porque Israel insistiu em que a principal condição é que o Hamas não permaneça em Gaza. Na visão das FDI, a operação só se encerra quando o grupo tiver sua capacidade militar destruída.