A vereadora Paolla Miguel (PT, na foto de destaque), de Campinas, interior de São Paulo, pediu afastamento temporário de seu cargo no diretório do Partido dos Trabalhadores no último domingo (21/4).

Paolla é acusada de viabilizar, por meio de emenda parlamentar, a festa Bicuda, que ocorreu em 14 de abril no centro da cidade e incluiu cenas de nudez e simulação de sexo oral em um local de acesso aberto ao público (veja vídeo abaixo).

A vereadora diz que desconhecia apresentações dos artistas e fala em perseguição política.

Segundo informações da Folha de Paulo, Paolla Miguel (PT) teria pedido o afastamento temporário do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores após a Câmara Municipal ter aprovado a instauração de uma comissão para investigar o uso de dinheiro público para o financiamento da festa, na quarta-feira (17/4).

O caso também levou a um pedido de abertura de uma ação civil no Ministério Público de São Paulo (MPSP), solicitada pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), para que a cidade fosse ressarcida em R$ 765 mil pelo financiamento do evento.

Em uma nota de esclarecimento publicada nas redes sociais, os organizadores explicaram que se tratava de uma festa voltada ao público LGBTQIA+ e, desde sua criação, em 2018, nunca foram questionados sobre o conteúdo artístico das apresentações.

Ainda segundo os organizadores, a vereadora não teve envolvimento direto na contratação de artistas e apenas disponibilizou a infraestrutura básica para o evento.

Defesa de Paolla Miguel

Questionada sobre o caso, Paolla Miguel (PT) diz estar sendo alvo de uma perseguição política. Durante uma sessão na Câmara na última quarta-feira (17/4), ela disse que não participou da contração dos artistas e desconhecia o conteúdo das apresentações.