Em discurso no Congresso Estadual da Advocacia, realizado nos dias 18 e 19, no Centro de Convenções de Vitória, com a participação do Ministro Flávio Dino, o presidente da OAB-ES, José Carlos Risk, definiu a Liberdade de Expressão como “relativa”, ensaiando defesa da censura prévia. Ele fez o mesmo em seu Instagram na semana anterior ao evento e mereceu uma matéria opinativa da FOLHA, com o mesmo título em tela.

A julgar pelo discurso do Presidente da OAB-ES, José Carlos Risk deveria ser preso ou punido por abuso da Liberdade de Expressão. Isso porque ele sempre foi informante da FOLHA desde 2018, inclusive no início de 2024. Matérias inclusive que renderam processos judiciais ao jornal. A necessidade de expô-lo deve-se ao seu ataque às liberdades, inclusive frontalmente contra este portal de notícias, demonstrando que serve somente quando o interesse é dele.

FALSO DEMOCRATA

Liberdade de expressão relativa é censura prévia e controle de narrativas, como ocorre hoje no Brasil. Quem poderia integrar a Comissão da Verdade no mundo de Risk? O STF, TSE ou quem mandar no momento (como ocorreu na ditadura). 

O Brasil já tem instrumento constitucional e legislação específica para responsabilizar quem publica inverdades ou excessos. Risk, na verdade, quis agradar ao ministro Flávio Dino com um discurso de esquerda, situacionista e oportunista. Um discurso de sistema. E também mandar recado da sua inimizade plena  contra a Liberdade de Expressão. Por isso, foi um presidente incompetente em defesa das prerrogativas da advocacia capixaba.

LOCUPLETAÇÃO

Falando em abusos, o jornal entende que há coisas mais importantes para o Presidente da OAB-ES tratar os projetos da entidade, como maior transparência financeira na eleição, repudiando venda de vagas para integrar sua chapa. A transparência exige uma conta bancária específica do candidato com prestação de contas e obrigação de devolver dinheiro excedido a favor da Ordem.

Hoje, tem advogado conselheiro comprando sua vaga na chapa do Risk através de boleto emitido pelo Presidente, dividido em 10 vezes. A cotação está variando entre R$ 50 mil a R$ 450 mil, de acordo com a importância do orgão ou da condição financeira do advogado. O dinheiro cai direto na conta pessoal do Risk, como ocorreu em 2020, quando a sobra dolosa foi de aproximadamente R$ 1 milhão, segundo ele mesmo disse. Mas, o problema, vejam só, é a Liberdade de Expressão.

Se algum advogado enviar o comprante bancário ao jornal da campanha de 2020 ou da atual, a FOLHA publica, ai sim, resguardando, como sempre fez, a identidade da fonte, rasurando o nome do transferidor e detalhes da operação bancária. Algum órgão fiscalizador poderia requerer a quebra de sigilo bancário do Risk nos referidos períodos de campanha. Se não há nada a esconder, porque não dá transparência total, abrindo suas contas antes, durante e depois dos pleitos.

Ainda falando em abuso, o Presidente da OAB-ES não deveria proibir advogado de entrar em evento da entidade, ainda mais quando o inscrito pagou por isso. Fato dessa tipificação autoritária ocorreu com o Diretor da Caixa dos Advogados Ben Hur (VEJA VÍDEO ABAIXO), hoje inimigo de Risk,  impedido de participar do evento no clube Álvares Cabral. Barrado por seus seguranças. Contudo,  o problema é a Liberdade de Expressão.

Então, não tem como dizer de outra forma: o presidente da OAB-ES é um imbecil duas vezes, segundo a Liberdade de Expressão.

VEJA VÍDEO