Politizado, religioso e com milhares de amigos nas redes sociais. Traços de uma personalidade comum entre homens jovens, na faixa dos 30 anos. No entanto, a face oculta do pedófilo Syllas Sousa Silva, 31 anos, não era exposta em seus perfis na internet.

De uma lascívia brutal, o maranhense nascido no pequeno município de Tutóia colecionou vítimas entre 11 e 14 anos. Manipulador, obrigava meninos e meninas a enviar fotos e vídeos com conteúdo pornográfico. Em algumas ocasiões, convenceu crianças e adolescentes a introduzir objetos no ânus ou a se masturbar.

Com 3.558 amigos no Facebook e 1.584 seguidores no Instagram, o pedófilo era ativo nas redes sociais até ser preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em 20 de junho. Ao contrário dos perfis fake, onde ostentava imagens de uma adolescente chamada Ana Beatriz Melo, Syllas usava suas páginas para demonstrar fervor pela religião.

O criminoso – que agora está isolado em uma cela no Complexo Penitenciário da Papuda – publicava postagens homenageando o pai, um respeitado pastor da pequena cidade.

O pedófilo também fazia questão de se posicionar politicamente. Envolvido com a política local, o pedófilo também costumava marcar os prefeitos que governaram seu município em diversas publicações.

Viagem

Após ser detido, Syllas foi trazido de avião para o DF. Na ocasião, as fotos e os vídeos feitos pela PCDF foram borrados e repassados pela corporação brasiliense, que não divulgou as imagens com o rosto do suspeito.

Modus operandi

Vítimas do pedófilo chegaram a cogitar cometer suicídio com medo do vazamento das fotos e vídeos de nudez. A investigação teve início após os pais de uma adolescente de 13 anos registrarem ocorrência. Para ganhar a confiança dos jovens, Syllas se passava por uma adolescente. Ele usava um perfil falso no Instagram.

Quando ficava mais íntimo, o pedófilo, então, fornecia um telefone para conversa via aplicativo de mensagens.