Na época, a hipótese inicialmente levantada foi que se tratava de um caso de suicídio, mas a Polícia Civil confirmou que foi um crime.

 

O delegado Felipe Vivas explicou que, no dia do crime, o casal chegou a ser levado para prestar esclarecimentos. Os dois relataram que haviam repreendido o menino Luiz Gustavo dos Santos Moraes por causa de bagunça e que depois disso ele acabou cometendo suicídio usando um cinto.

 

A versão causou desconfiança na polícia. “O depoimento deles parecia muito ensaiado, mas tínhamos de esperar o laudo cadavérico para decretar a prisão. Nós ouvimos outras testemunhas, que apresentaram versões que fortaleciam nossas suspeitas sobre divergências no depoimento do casal”, disse Vivas.

 

A investigação durou 21 dias e laudos confirmaram que Luiz Gustavo foi estrangulado até a morte. "O laudo cadavérico constatou que a causa da morte fora estrangulamento e não enforcamento. Mesmo depois de presos e com todas as provas, eles continuam a negar o crime”, detalhou o delegado.

 

 

Troca de mensagens

 

A polícia também informou que faz parte do inquérito uma troca de mensagens entre a mãe e o padrasto. Ela dizia que chamaria o Conselho Tutelar porque ele teria apertado o pescoço do menino.

 

"Ela pergunta sobre uma suposta agressão que ele teria feito ao Luiz Gustavo, que ele teria segurado no pescoço do Luiz Gustavo. Então é mais um indício de que poderia ser característico uma forma de agressão nesse sentido, já que o menino foi justamente agredido nessa região vital", falou o delegado.

 

Prisão

 

O casal foi localizado em uma outra residência, no distrito de Guiomar, zona rural de Vargem Alta.

 

O padrasto foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Itapemirim e a mãe ao Centro Prisional Feminino (CPF) do mesmo município.

 

O casal ainda tem uma filha de um ano, que está recebendo os cuidados de parentes e tendo apoio do Conselho Tutelar de Cachoeiro de Itapemirim.