Dois homens, de 32 e 34 anos, foram presos pela equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, suspeitos de matarem um morador de Vitória, em maio de 2019. A vítima tinha 42 anos e residia no bairro Bonfim.

O suspeito de 34 anos foi preso em 23 de março, no município de Cariacica. Em depoimento, ele confessou o crime e indicou quem era o segundo envolvido. Na última sexta-feira (03), o investigado de 32 anos foi preso, no bairro Rio Marinho, em Vila Velha.

A frieza do crime chocou até mesmo os policiais, que lidam com este tipo de investigação. O suspeito de 32 anos era morador de Aracruz e o de 34 anos é natural de São Paulo. A vítima conheceu os dois por meio de um aplicativo de relacionamentos e decidiu marcar um encontro. No dia do crime, os três estavam bebendo na casa da vítima, quando ela foi surpreendida por golpes de faca e espeto de churrasco.

“Após o assassinato, a vítima foi enrolada em um lençol, com pés e mãos amarrados. Os suspeitos pegaram o celular da vítima, foram até uma boca de fumo e trocaram por entorpecentes. Em seguida, voltaram para a residência e passaram cerca de 24 horas no local, consumindo drogas e bebendo”, relatou o titular da DHPP de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti.

Depois desse tempo, a dupla recolheu outros objetos de valor e saiu da casa da vítima, buscando hospedagem em um hotel da Ilha do Príncipe, também em Vitória. O corpo só foi encontrado dois dias depois do fato.

O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, orientou sobre os riscos de marcar encontros com desconhecidos: “É um alerta que nós fazemos: muito cuidado com sites de relacionamentos. Não se deve levar essas pessoas pra casa logo nos primeiros contatos. Se tem esse contato virtual, pra depois ter um contato visual, procure conhecer melhor essa pessoa, saber quem ela é, antes de fazer esse convite. Infelizmente esse rapaz confiou em dois desconhecidos”, advertiu.  

Os dois investigados responderão pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Ambos se encontram no sistema prisional, à disposição da justiça