Em entrevista coletiva, realizada na manhã desta segunda-feira (22), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário em Vigilância de Saúde, Luis Carlos Reblin, falaram sobre o novo serviço de monitoramento a ser implantado no Espírito Santo. Em breve, quem viajar de avião ou de ônibus para outros estados será monitorado. Caso este seja testado positivo para a covid-19 após a viagem, todos os passageiros que estavam com ele serão comunicados.

De acordo com o secretário, a portaria que vai implantar a estratégia será publicada ainda nesta semana e valerá para o transporte aéreo e para o transporte terrestre intermunicipal e interestadual. “Nós iremos, a partir desse cruzamento de dados, poder identificar passageiros que tiverem resultado positivo para a covid-19 e comunicar, por meio de SMS, aos outros passageiros que viajaram com ele. Nosso objetivo é evitar que as pessoas se contaminem e fazer um diagnóstico oportuno”, disse.

Nésio Fernandes ainda reforçou que a medida vai permitir que o combate à covid-19 esteja presente no cotidiano. Para ele, ainda não é o momento de esquecer que estamos diante de uma pandemia. “Temos relatos de trabalhadores da saúde que se vacinaram e que pegaram a covid-19 poucos dias depois. É preciso aguardar a segunda dose e ainda mais uns dias para que haja efeito. É necessário garantir todas as medidas de segurança e reforçar nossa capacidade de enfrentar a pandemia”, afirmou.

Todas as empresas que operam serviços de transporte de passageiros no Espírito Santo já foram comunicados sobre a medida. Após a publicação da portaria, elas terão um prazo de uma semana a 10 dias, para implantar o sistema e dar início ao acompanhamento. “O Espírito Santo deve ser o primeiro estado do Brasil a implantar um acompanhamento inteligente dos passageiros”, comentou o secretário

O subsecretário Reblin explicou e deu mais detalhes sobre o monitoramento. “Se algum passageiro der positivo, vamos alertar os outros passageiros para que haja a interrupção da transmissão da doença. Não importa de onde o passageiro veio e nem qual a cepa que ele está identificado. Queremos monitorar os passageiros que estavam no mesmo voo. O monitoramento da nossa parte, especialmente, de quem vem de outros estados ou de outro país, é para controlar essa lógica de transmissão de pandemia. Se conseguirmos controlar, vamos reduzir a transmissão da doença até transformar, com nossa força e com as vacinas, numa endemia”, esclareceu Reblin.