O professor, advogado, jornalista, historiador e ativista político no movimento da negritude do sul do Espírito Santo, José Paineiras FiIho, deixa infinitos legados para todo uma geração carente de proteção de homens bons, humanistas e positivistas. 

Nascido em 14/02/1954 em Cachoeiro de Itapemirim-ES, Paineiras quis Deus que seu coração parasse ontem (28), deixando um vazio na estrada da vida já tão cheia de espinhos. Ele era singular mesmo na dor. Não abria mão do sorriso, seu cartão de paz e de vida abudante.

Paineiras foi pioneiro, também, como colaborador do primeiro diário do sul do Espírito Santo, a FOLHA DO ES, deste arauto, quando do seu início deixava sua gráfica aberta por todas madrugadas, todos os dias, emprestando a guilhotina e até fornecendo papel. Solidário!

Um homem incomum com sabedoria além do seu tempo, vanguardista e evoluído na alma e no espírito. Tinha orgulho da sua negritude e venceu todas os quebra-molas sociais. Poder-se-ia afirmar sem temer o erro. "Ali caminha um homem justo, sábio e amoroso".

Sua casa não tinha portas e nem janelas para os incautos. Atendia a todos de forma singular, com alegria, socorrendo, com amor.. A FOLHA deve a este saudoso mestre o nascimento saudável que existe para lhe prestar tão simples e pequena homenagem, pois seria necessário escrever um livro com todos os seus feitos humanitários.

José Paineiras Filho era o nosso Martin Luther King Jr na luta incessante por um mundo melhor, de igualdade e de fraternidade. As suas ideais como de todos os homens dessa estatura nunca morrem. Nunca morrerão!