Em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, o pastor Adalto Oliveira Brito buscou outros meios para manter o Ministério Reviver em Cristo. Quando os cultos presenciais foram proibidos, ele passou a vender sacos de lixo nas ruas da cidade para conseguir conseguir pagar o aluguel do prédio da igreja, que custa R$ 1.100.

A história foi revelada pela equipe do programa Profissão Repórter, da TV Globo. A reportagem foi exibida na última terça-feira (20).

 

Em um dia de trabalho, Adalto conseguiu vender 13 pacotes e arrecadou R$ 130 para a igreja.

– Se a gente vendesse esses 13 pacotes todos os dias, seria uma bênção de Deus para as nossas vidas – disse o religioso.

A esposa dele também se mobilizou para completar a meta do aluguel. Ela teve a ideia de vender panquecas de frango.

Apesar das dificuldades financeiras e das reuniões interrompidas, Adalto manteve a rotina de orações. Em um caderno, ele guarda o nome de várias pessoas pelas quais os membros da igreja intercedem.

O clamor pelas vidas afetadas pela Covid-19 também foi feito em um monte. A reportagem acompanhou o pastor e um grupo de fiéis em uma trilha mata adentro por 30 minutos.

– Pessoas que se encontram intubadas, pessoas que foram desenganadas pela medicina. Nós sabemos que Deus é o Médico dos médicos – falou o pastor Adalto.

A igreja segue ativa fora das quatro paredes do templo. O religioso levou um grupo para orar também em frente a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Foi assim que ele ofereceu apoio espiritual ao comerciante Wanderson Dias, que estava com os pais internados.

– Você tem que buscar um refúgio, uma saída, uma solução. Através da fé, não importa a igreja, se é evangélica ou católica, não importa a religião, nesse momento você precisa ter o apoio de Deus e de pessoas que escutem você. Às vezes você precisa desabafar, falar ou apenas ouvir: ‘Olha, Deus está cuidando’ – falou o comerciante.