O jovem Daniel da Conceição Peter, de 13 anos apresentou complicações na hora do parto. Devido à falta de oxigenação no cérebro no momento de seu nascimento, teve danos cerebrais irreversíveis. Ele não consegue falar e nem andar.

 

Aos oito anos de idade, ganhou a cadeira de rodas que utiliza até os dias de hoje, porém, cinco anos depois, naturalmente, seu corpo cresceu, e a cadeira não suporta mais o seu tamanho, dificultando a vida do garoto.


Aluno do 3º ano do ensino fundamental do Stanislaw Zucoloto e morador do bairro Aeroporto 2, Daniel apresenta dificuldades para ir à escola e se manter na sala de aula. Sua madrasta, Clarice Amorim, revelou ao Correio9 que a família não tem condições de adquirir novo equipamento, e que o atual não serve mais, pois o assento já não mais o comporta. Sua cabeça não fica mais acomodada no encosto e fica caindo, além das rodas estarem muito desgastadas. Tudo isso prejudica o estudante, que precisa ficar em uma postura inadequada, deixando-o bastante agitado. Clarice disse que ao chegar em casa, a primeira coisa que a família faz é retirá-lo da cadeira e colocá-lo para deitar.

 

Em uma palestra ministrada no ano de 2019 na escola, o coordenador do setor de Educação Sanitária e Ambiental do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF), Thales Lacerda conheceu a realidade de Daniel e procurou a família, que aceitou participar de uma campanha para arrecadação de um novo instrumento de locomoção. “Me sinto honrado em fazer parte dessa campanha. Também sou deficiente físico e sei o quanto vale um apoio”, disse Thales.

 

A campanha se consiste em coletar certa quantidade de tampinhas de garrafas de plásticos e lacres para trocá-las em cadeiras de rodas. A campanha em Nova Venécia é de iniciativa do IDAF, juntamente com a ONG “Tampinha Solidária”, que vende o material plástico para adquirir cadeiras de rodas, ou cadeiras de banhos para doar às pessoas que não têm condição de comprá-las.