A Santa Casa de Cachoeiro de Itapemirim-ES virou um centro de ações entre amigos com altos salários, do padre à ex-freira. O resultado desse clube fechado, envolvendo diretores e consultores, esses elementos sangram os cofres do hospital sem misericórdia, em nome de Deus.

Os funcionários estão à beira de um ataque de nervos. Os médicos fora desse circulo obscurantista são ameaçados e expulsos com a conivência do Conselho Supremo escolhido a dedo para a manter a instituição em estado possessivo em todas as hierarquias de castas elitizadas e dominantes.

As denúncias mais recorrentes levadas à redação da FOLHA são da equipe de enfermagem que vive em sobressaltos com a falta de humanização por parte da direção do setor e da diretoria do hospital, além de muitos casos em que a pessoa dá entrada no hospital sem Covid-19 e sai morto com o diagnóstico do coronavírus. Situação horrenda. 

TROCA-TROCA

A ex-freire Marinete Tibério tomou posse no dia 1º de julho como superintendente da Santa Casa. O padre Evaldo Ferreira sofria desgaste constante com denúncias e mortes com o corpo clínico controlado com base no método da coação, do medo, até encontrar uma saída honrosa baseado num truque medonho de um troca-troca sem afetar a estrutura de poder. Uma dissimulação reprovável e cruel.

Conhecida como irmã Marinete Tibério, que tem um passado de administradora no Hospital São Vicente de Paulo, RJ,  assustador, envolvendo milhões pelos quais passavam pela sua gestão via fundação/ou outro hospital com ativos de mais de R$ 200 milhões. Um tipo de magia produzida juntamente com sua companheira íntima, ela ficou dois anos sendo treinada como Consultora da Santa Casa de Cachoeiro-ES.

O PADRE

O padre Evaldo Ferreira substituído pela irmã Marinete foi uma jogada de cartas marcadas. Ele jamais iria voltar ao sacerdócio de forma colaborativo com o Vaticano como a maioria. Estava planejado sua permanência como consultor da Santa Casa com salário distinto ou compatível ao cargo de diretor. Enquanto estão atrasados várias frentes de pagamentos e uma dívida não auditada de quase R$ 100 milhões.

Com essas manobras de governança centralizada em grupo de comparsas, o padre também tinha suas relações de caráter pessoal para manter o status quo. O troca-troca resultou mais no mesmo com agravante: médicos experientes pedem demissão; são expulsos; mortes anunciadas; médicos inexperientes são coagidos a assumirem responsabilidade além de suas capacidades; e sucateamento estrutural do nosocômio, totalizando mortes e mutilações. A nova direção é velha. Mantém o mesmo formato de seita, com sacrifícios de sangue. 

A FOLHA tem muitas informações sobre essa narrativa, entretanto o mais importante no momento é informar e chamar atenção da população e das autoridades para a necessidade de uma intervenção por parte do Governo do Estado que se omite em investigar a funcionalidade turva do hospital.  O Conselho Deliberativo é apenas um avalista sem responsabilidade de colocar as mãos nos bolsos para assumir o déficit junto com a Igreja Católica comandada no ES pelo Arcebispo Dom Dario Silvestre.