O afastamento de Adilson Barroso da presidência do Patriota deu início a batalhas jurídicas pelo país. Isso aconteceu porque o presidente afastado do partido tem feito mudanças ilegais na composição de diretórios estaduais e municipais.

 

 

As mudanças são feitas com a senha dada pelo TSE a líderes partidários para inserção de dados no sistema eleitoral. Já há liminares anulando mudanças feitas por Adilson Barroso nos diretórios de Goiás, Acre e Rio de Janeiro.

 

Em todos os casos são citados “conflitos internos” no Patriota que motivaram “a extinção de alguns órgãos partidários estaduais e o bloqueio de senhas” do sistema da Justiça Eleitoral “de todos os órgãos partidários”.

 

 

A decisão mais recente envolve os diretórios municipais do partido em Goiás. Integrantes do partido no estado levaram o caso à Justiça porque as mudanças feitas por Barroso na composição das comissões impedia a apresentação de contas partidárias.

 

 

Segundo o juiz Evandro Moreira da Silva, a conduta Barroso é “ilícita e abusiva”, pois “a impossibilidade de acesso ao sistema pode acarretar penalidades” a serem aplicadas pela Justiça Eleitoral.

 

 

Na decisão que anulou os atos de Barroso contra o diretório do Patriota no Acre, o juiz Marcelo Coelho de Carvalho diz que não há “elementos que informem a motivação” do presidente afastado do partido para “inativar a referida Comissão Provisória antes do prazo fixado, tampouco que tal decisão de destituição obedeceu ao devido processo legal, sem a observância dos princípios basilares da Constituição Federal vigente, quais sejam, do contraditório e da ampla defesa”.

 

 

Há ainda uma decisão, de julho deste ano, revogando todas as mudanças feitas por Barroso no diretório nacional do Patriota.

 

 

Mas há outros casos ainda sem decisão da Justiça. É a situação de Minas Gerais. Lá, Barroso desativou o diretório estadual em 24 de junho, mesmo dia em que foi afastado da presidência do partido por decisão da diretoria da agremiação política.

 

 

Em maio deste ano, Barroso fez a mesma coisa com os diretórios do Patriota na Bahia e em Santa Catarina.

 

 

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O Patriota e Adilson Barroso estão brigando desde que o presidente afastado do partido começou a negociar a chegada da família Bolsonaro sem combinar com os diretores da agremiação.

 

 

Isso fez com que uma ala dissidente do patriota convocasse convenção para afastar Barroso do cargo e julgá-lo no conselho de ética da agremiação. Ovasco Resende foi eleito para substituir Adilson na presidência durante o julgamento do processo disciplinar.

 

 

A convenção que selou o afastamento fez com Barroso perdesse a cabeça e enviasse a Ovasco um áudio com ameaças de denúncias à Polícia Federal e acusações de rachadinhas em gabinetes de políticos eleitos pelo partido.