O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil) indicou mais uma vez que está disposto a disputar a corrida eleitoral para a Presidência da República. Moro, que era presidenciável quando estava no Podemos, reforçou que não irá concorrer como deputado federal. "Deixei meu nome disponível [no União Brasil]. Não posso ir para um novo partido e dizer 'sou o candidato presidencial'. Mas meu nome está disponível para essa posição ou outra que eles entendam que possamos trabalhar, ou posso ser candidato de nada. O que já disse é que não serei candidato a deputado federal", falou em entrevista ao Atlantic Council 

Segundo o União Brasil de São Paulo, o convite feito a Moro foi para concorrer à vaga na Câmara dos Deputados ou, eventualmente, ao Senado. Em nota na semana passada, a sigla disse que, caso ele insista em se candidatar à Presidência da República, o partido irá impugnar a sua filiação. Hoje, o ex-ministro afirmou que decidiu seguir para o União Brasil como um sacrifício para a terceira via —como foi chamada a tentativa de unir o eleitorado insatisfeito com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Moro disse que é "difícil enfrentar a polarização de Lula e Bolsonaro, ainda mais se o centro está fragmentado, como estava", então, deu "um passo atrás" e procurou um "partido mais forte para enfrentar a polarização"