Fato escandaloso acontece no Pode Legislativo da cidade de Guaçui que integra a região do Caparaó. O vereador Laudelino Alves Graciliano (PP), conhecido colo Laudinho,  afastado há 1 ano pela Justiça na operação Ouro Velho, por fraude na Prefeitura local, .já recebeu R$ 55 mil sem produzir nada, um dreno no erário de envergonhar o povo guaçuiense. 

Mesmo em estágio punitivo pela Judiciário e Ministério Público, a maioria dos vereadores não abrem procedimento administrativo e ético para a cassação do mandado do parlamentar afastado. O universo político  está desconfortável desconfortável com a situação. A operação prendeu uma dezena de agentes públicos.

O caso, diante da inércia dos vereadores, pode provocar o Ministério Público a requerer à própria Justiça tanto a cassação como o corte da remuneração que está sangrando os cofres públicos. O recebimento sem trabalhar do vereador Laudinho é um deboche contra a sociedade e os demais colegas que estão na ativa, trabalhando. 

Já passou 1 ano. Até quando os guaçuienses vão pagar salário a um vereador que não trabalha, acusado de improbidade e afastado pela própria Justiça? Esta é a pergunta que não vai calar enquanto esse absurdo continuar maculando a imagem do Legislativo, Judiciário e MP. Se a moda pega, fica sendo um ótimo negócio roubar do erário.

ENTENDA O CASO

 

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo, por meio da Promotoria de Justiça de Guaçuí e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou hoje (16) a Operação Ouro Velho, na Região Sul do Estado. O objetivo é desarticular uma organização criminosa formada por servidores públicos de setores da prefeitura e da Câmara Municipal de Guaçuí que atuam para obter direta e indiretamente vantagem econômica com a prática de diversas infrações penais. Sete pessoas foram presas, incluídos dois secretários municipais e o presidente da Câmara de Guaçuí. 

 

Foto: MPES/Secom

Conforme o MP, as investigações revelaram que os integrantes da organização criminosa se uniram para combinar editais, frustrar procedimentos licitatórios e divulgar dados sigilosos, tais como quem participaria das concorrências, quais as propostas feitas e quem ganharia o certame. Constatou-se que as fraudes às licitações ocorriam a partir da elaboração dos editais, para permitir a vitória das partes interessadas. Há, portanto, indícios contundentes das práticas dos crimes de organização criminosa, fraude em licitação e peculato.

 

Foram presos o subsecretário de Finanças, Arivelton dos Santos, os secretários de Agricultura, Edielson de Souza Rodrigues, e de Educação, Vanderson Vieira, o presidente da Câmara de Guaçuí, Laudelino Alves Graciano Alves, o membro da Comissão de Licitação da Prefeitura de Guaçuí Jean Barbosa Soares e o auxiliar administrativo do município Gilmar Luzente Coutinho, além do presidente da Cooperativa de Transportes de Alegre (Coopersules), o empresário Carlos Magno da Silva. Os presos foram levados para os presídios de Viana e Marataízes. 

 

Fora dos cargos

 

Os seis servidores municipais foram afastados dos cargos, até o final do processo. O secretário municipal de Saúde, Márcio Clayton da Silva, também foi afastado do cargo. Ele é réu nesse processo. 

 

Durante a operação também foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Guaçuí e Alegre. Todos os mandados foram expedidos pelo juízo da comarca de Guaçuí, a pedido do MPES. 

 

Os policiais estiveram nas residências dos investigados, na subsecretaria de Finanças, nas secretarias de Saúde e de Educação da Prefeitura de Guaçuí, na Comissão de Licitação, na Presidência da Câmara Municipal e nas sedes da Coopersules. Documentos, computadores e celulares foram apreendidos. Os presos na operação serão ouvidos e o material será analisado pelo MPES. 

Fonte: Notícias Capixabas e MPES