O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) cumpre, na manhã desta quinta-feira (25/4), uma série de mandados de prisão e apreensão da Operação Naufrágio, contra a milícia que atua na comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca, na zona oeste da capital fluminense. Até o momento, quatro pessoas foram presas.

Entre os investigados na Operação Naufrágio estão um policial civil e dois policiais militares, alvo de buscas nesta quinta. O MPRJ afirma que os agentes de segurança pública forneciam material bélico, desviado de apreensões, e até uniformes aos criminosos.

De acordo com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ, a milícia mantinha envolvimento com os PMs para receber informações “privilegiadas”.

As investigações indicam que o grupo criminoso pagava propina, de forma periódica, aos policiais civis, para que não fossem “incomodados” na realização dos crimes com investigações e eventuais prisões em flagrante.

A operação do MPRJ contra a milícia

O MPRJ cumpre 12 mandados de prisão e oito de busca e apreensão contra integrantes da milícia que atua na comunidade Bateau Mouche.

Ao todo, o Gaeco denunciou à Justiça 16 pessoas por associação criminosa, extorsão a comerciantes, empreendedores, vendedores ambulantes e mototaxistas, bem como corrupção ativa.

Também participam da operação equipes da Corregedoria Geral da Polícia Militar, da Corregedoria-Geral de Polícia Civil (CGPOL), da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) e da Divisão de Capturas da Polinter do Rio de Janeiro (DC-Polinter).