O Estado de S. Paulo revela, em sua reportagem principal, números do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre juízes de 24 estados que receberam mais de R$ 1 mil por mês em vale-refeição em 2019, valor que supera os R$ 998 do salário-mínimo.

 

Em Pernambuco, segundo o estudo do CNJ, o vale-refeição chegou aos R$ 4,7 mil mensais, e depois foi reduzido para R$ 1.068.

 

Além do benefício chegar a 4,8 vezes o valor do salário mínimo, a cifra recorde também ultrapassa o dobro da renda média dos trabalhadores brasileiros, que é de R$ 2,3 mil mensais.

 

De acordo com o levantamento, os critérios para o pagamento do benefício variam em cada região, mas em apenas três estados o valor vigente para auxílio refeição do Judiciário, de R$ 910 mensais, é respeitado: no Maranhão, no Pará e no Rio Grande do Sul.

 

Segundo o jornal, os magistrados dos demais estados podem gastar, só em restaurantes, um valor que muitas famílias brasileiras usam para cobrir todas as despesas do mês.

 

Quando se somam todos os “penduricalhos”, como o vale-refeição, auxílio-moradia, auxílio pré-escolar e auxílio-natalidade, o salário médio dos magistrados brasileiros chega a R$ 43,4 mil, acima do teto constitucional de R$ 35,4 mil. “Vale-refeição de juízes supera salário mínimo em 24 Estados”, informa a manchete do Estadão.