Em sessão urgente convocada hoje, 15, o Tribunal reagiu às gravíssimas denúncias de corrupção divulgadas e afastou os magistrados Alexandre Farina e Alexandre Gutmann. A decisão foi por unanimidade.

Os desembargadores também proibiram ambos de entrar no Fórum da Serra, onde trabalhavam, bem como de ter acesso a sistemas do Poder Judiciário.

Os juízes afastados são alvos da "Operação Alma Viva", sob relatoria da Desembargadora do TJ-ES Elisabeth Lordes. 

Na sessão pública de afastamento, os desembargadores parabenizaram o papel da imprensa em apurar informações, sigilosas ou não, para divulgar à sociedade. 

Somente a FOLHA divulgou os fatos, em primeira mão, reforçando mais uma vez a credibilidade de seu jornalismo investigativo, com 35 anos de atuação.

Conforme denunciado pelo jornal três dias antes da operação, o processo sigiloso vazou para os alvos e sabotou a investigação, permitindo que eles limpassem casas, escritórios, viajassem no dia das buscas e trocassem de telefones. 

O Ministério Público do Espírito Santo já sabe de tudo isso, sendo dever da Procuradora Geral de Justiça Luciana de Andrade investigar com rigor de onde partiu o vazamento nas Instituições. 

E não adianta querer investigar a imprensa pela divulgação do processo sigiloso, vez que amparada pela prerrogativa do sigilo da fonte jornalística, reafirmada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em favor da FOLHA ao suspender inquérito da Procuradora Geral por tal bizarrice no caso do pen drive.

O material eletrônico foi entregue ao jornal por fontes sigilosas e comprovou o direcionamento da licitação milionária do cerco eletrônico do Governo Estadual, via Detran, em favor do Consórcio da empresa chinesa DAHUA, que montou clandestinamente todos os atos do certame para seus equipamentos. A licitação foi suspensa pelo MP.